A segurança, ou a falta dela, em Paris

Montmartre
Sacré Coeur vazia no começo da manhã

Nós, brasileiros, estamos acostumados com a falta de segurança nas ruas. Por isso, quando saímos do país e vamos para a Europa, por exemplo, esperamos viver alguns momentos de paz e tranquilidade, pois pensamos que dificilmente um país de primeiro mundo vai ser mais perigoso do que o Brasil. Realmente, é difícil. Mas não quer dizer que estaremos totalmente seguros e livres da violência.

Em Paris, por exemplo, as ruas próximas aos pontos turísticos são repletas de pedintes e ambulantes, vindos de países do leste europeu e da África, respectivamente, em busca de uma melhor qualidade de vida. A presença em massa das ciganas e dos africanos nos pegou de surpresa. Em todos os pontos turísticos, incluindo Versalhes, lá estavam eles. As ciganas, vindas da Sérvia, Romênia e Bulgária, carregam cartazes em inglês e abordam incansavelmente os turistas. É chato, muito chato. Mas não tão perigoso quanto os ambulantes que, em grupos, páram os turistas e usam a tática da intimidação para vender os souvenirs.

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Leitura interessante sobre a falta de segurança em Paris, escrito por brasileira que reside na cidade: http://www.conexaoparis.com.br/2011/07/28/violencia-e-camelos-em-paris/ (a foto é do Le Figaro.fr.)

Vimos essa tática muitas vezes durante a semana que passamos em Paris e fomos vítimas também de um deles na Sacré Coeur, em Montmartre. Chegamos muito cedo lá, acho que fomos os primeiros turistas naquele dia. Na descida da escadaria, dois ambulantes nos avistaram e foram em nossa direção, falando já em inglês. Recusamos e agradecemos mas eles se colocavam no nosso caminho, não nos deixando partir. Ficaram uns dez minutos tentando puxar assunto, um deles pegou o meu braço e trançou uma fitinha para dar sorte, disse ele, e em seguida começou a pedir dinheiro… Demos dois euros e ele disse que aquilo não dava para comprar nem um café… Pedimos desculpa, tentamos ir embora, mas não nos deixavam. Demos mais um pouco de dinheiro e, finalmente, sem dizer nem obrigado, se foram.

Tá, no Brasil, eles nem pediriam, tomariam o dinheiro das nossas carteiras. Mas isso não quer dizer que não foi um roubo. O lugar estava vazio e não tínhamos a quem chamar. Nos sentimos sim roubados.

Fica aqui a dica. Mesmo em uma cidade linda e desenvolvida como Paris, não se descuide nunca!

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